Profª Priscila, Ed. Física, 1ºA,B,C,D,E,F,G,2ºA,B,C,D,Ensino Médio

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Data para devolutiva: 21/05/20

Bons Estudos!!!

Mídias e Ginástica de Academia

 As mídias (jornais, revistas, televisão, cinema, outdoors, internet, etc.) são as principais responsáveis pela difusão de um modelo de beleza em nossa sociedade. Em jornais, revistas, televisão ou cinema o “ideal” de beleza feminina é associado à juventude, pele e olhos claros, magreza, corpo cheio de “curvas” etc. , assim como em relação à beleza masculina esse conceito é associado a homens jovens, magros e musculosos. Algumas teorias da comunicação sugerem que as mídias possuem a capacidade de nos convencer e persuadir, e a propaganda, por exemplo, criaria necessidades de consumo, e por isso compramos coisas que, se pensarmos bem, não precisaríamos. Outras propõem que as mídias não intervêm assim tão diretamente, mas influenciam o modo como construímos a imagem da realidade social e como escolhemos os assuntos que julgamos ser importantes para nossa vida, modelando, portanto, nossos modos de pensar, sentir e agir. De qualquer modo, há consenso de que as mídias exercem influência decisiva no âmbito da Cultura de Movimento, ao propor entendimentos do que são e para que servem o esporte, a ginástica, a dança etc., e fazem isso não de modo “neutro” ou balizados apenas por critérios técnico-científicos, mas de modo interessado, para vender, além de si mesmas, produtos e serviços. Por isso, as mídias não só divulgam o esporte, a ginástica etc., mas são agentes que participam decisivamente no processo de transformação dessas práticas (mudança de regras nos esportes, por exemplo) e na constituição de novas formas de consumo (vestuário esportivo, equipamentos como esteiras rolantes e aparelhos de eletroestimulação muscular etc.). Por sua vez, a ginástica, em seus vários tipos e formas, é associada à busca desse ideal. Basta prestar atenção em revistas voltadas ao público adolescente e jovem (em especial às meninas), à venda em qualquer banca de jornais, e constar o que apenas sugerem ou prometem explicitamente – emagrecimento (em conjugação com dietas, cosméticos e cirurgias), definição e hipertrofia muscular. Nota-se ainda a tendência de indicar a ginástica aeróbica, a caminhada e a corrida com o objetivo de perder calorias (e, portanto, emagrecer), e a ginástica localizada e a musculação para definição e hipertrofia muscular. Para as mulheres, enfatizam-se os exercícios para glúteos e coxas, e para os homens, braços e peitoral. Percebe-se ainda que as matérias que sugerem programas de exercícios, ou as propagandas de equipamentos domésticos (para realizar exercícios abdominais, por exemplo), prometem efeitos rápidos, com pouco esforço. Raramente é apresentada alguma fundamentação técnico-científica coerente e adequada para validar tais promessas. Poucas vezes, em matérias publicadas em revistas ou em jornais, em programas televisivos ou em propagandas, a ginástica é associada ao desenvolvimento, possível para todos, de uma boa condição física geral, ou a bem-estar, relaxamento, sociabilização etc. A escola precisa apostar no desenvolvimento da capacidade crítica dos alunos diante das mídias – e “criticá-las”, a partir de uma análise dos critérios que presidem um fenômeno. Isso porque os consumidores das mídias (todos nós, na condição de leitores, telespectadores etc.) não são necessariamente passivos diante delas; somos capazes de desvendar os mecanismos dos seus discursos (construídos com palavras, sons e imagens), isto é, interpretá-los criticamente. Para isso, é preciso que a escola posicione-se como mediadora entre os alunos e as mídias, fornecendo-lhes os instrumentos para efetuarem tal interpretação crítica e, dessa maneira, compreenderem-se melhor como leitores e telespectadores.
*Texto retirado do Caderno do Professor/ Educação Física, 2º Ensino Médio,Vol. 1, pg.20, 2017.
 

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