Professor Igor - Língua Portuguesa - 3ºA

Professor Igor

Disciplina: Língua Portuguesa

Assunto: Literatura Parnasiana ( finalização de conteúdo)

                               Vila Rica

O ouro fulvo do ocaso as velhas casas cobre;
Sangram, em laivos de ouro, as minas, que ambição

Na torturada entranha abriu da terra nobre:
E cada cicatriz brilha como um brasão.

O ângelus plange ao longe em doloroso dobre,
O último ouro de sol morre na cerração.
E, austero, amortalhando a urbe gloriosa e pobre,
O crepúsculo cai como uma extrema-unção.

Agora, para além do cerro, o céu parece
Feito de um ouro ancião, que o tempo enegreceu…
A neblina, roçando o chão, cicia, em prece,

Como uma procissão espectral que se move…
Dobra o sino… Soluça um verso de Dirceu…
Sobre a triste Ouro Preto o ouro dos astros chove.

                                                             Olavo Bilac

1) Nesse soneto, o eu lírico descreve o anoitecer em Vila Rica (atual Ouro Preto). Na primeira estrofe, qual é a análise ?___________________________________________________________________________________________________________________________________________ 

2) Identifique a afirmativa incorreta com relação à segunda estrofe:

a) A aliteração do primeiro verso lembra o badalar do sino
b) A antítese do terceiro verso contrasta o passado e o presente da cidade.
c) A imagem do ouro reaparece transfigurada nos raios de sol.
d) A ideia de renascimento da cidade é sugerida no último verso.

3) Identifique a afirmativa incorreta com relação às duas últimas estrofes.

a)  Ocorrem aliterações em todos os versos.
b) Há várias expressões que reforçam a ideia de morte da cidade.
c) A alusão a Dirceu, pseudônimo de Tomás Antônio Gonzaga, reforça as características arcádicas do soneto.
d) No último verso, ao chamar a cidade pelo nome de Ouro Preto, contrastando assim com o título do soneto, o poeta acentua a oposição entre e o passado e o presente da cidade.

4 ) (PUCCAMP -SP)

O ouro fulvo do ocaso as velhas casas cobre;
Sangram, em laivos de ouro, as minas, que a ambição
Na torturada entranha abriu da terra nobre;
E cada cicatriz brilha como um brasão.
O ângelo plange ao longe em doloroso dobre.
O último ouro do sol morre na cerração.
E, austero, amortalhando a urbe gloriosa e pobre,
O crepúsculo cai como uma extrema-unção.

Podemos reconhecer nas estrofes acima do poema Vila Rica, de Olavo Bilac, as seguintes características do estilo de época que marcou sua poesia:

a) Interesse pela descrição pormenorizada da paisagem, numa linguagem que procura impressionar os sentidos.
b) Uso do vocabulário próprio para acentuar o mistério, a realidade oculta das coisas, que deve ser sugerida por meio de símbolos.
c) Valorização do passado histórico, em busca da definição da nacionalidade brasileira.
d) Utilização exagerada de hipérboles, perífrases e antíteses, no desejo de não nomear diretamente as coisas, mas de fazer alusão a elas.
e) Busca de imagens naturais e vocabulário simples, predileção pelo verso branco e negação de inversões sintáticas.

5)                As Pombas

Vai-se a primeira pomba despertada...
Vai-se outra mais... mais outra... enfim dezenas
Das pombas vão-se dos pombais, apenas
Raia sanguínea e fresca a madrugada.

E à tarde, quando a rígida nortada
Sopra, aos pombais, de novo elas, serenas,
Ruflando as asas, sacudindo as penas,
Voltam todas em bando e em revoada...

Também dos corações onde abotoam
Os sonhos, um a um, céleres voam,
Como voam as pombas dos pombais;

No azul da adolescência as asas soltam,
Fogem... Mas aos pombais as pombas voltam,
E eles aos corações não voltam mais.

                                                Raimundo Correia

a)Na primeira estrofe qual é a imagem que o eu lírico constrói?

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b) Nos dois tercetos, há uma mudança temática, ligada à  metáfora da revoada das pombas. Em que consiste essa mudança? 
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c) Retome os quartetos e responda: a que fase da vida humana estariam associadas as imagens da madrugada (  quando as pombas deixam os pombais) e da tarde ( quando as pombas retornam)

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 d) Qual é o tema do soneto e que visão da vida o poeta revela no último terceto?

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