Professor Horácio - 2 ano - Geografia



2º Bimestre do ano letivo de 2020: Geografia.
Professor Horácio José de Souza Neto.
Gmail: horaciojose@prof.educacao.sp.gov.br
Entrega da atividade: 15/06/2020

Atividades pedagógicas de geografia para o desenvolvimento de aprendizagens durante o período de reclusão social: atividades vinculadas as aulas que foram desenvolvidas no início e intermédio do 1°bimestre.
OBS: as atividades estarão agregadas ao email institucional como repositório das aulas que já foram trabalhadas pelo Centro de Mídias SP na respectiva semana letiva.

Respondam as atividades no arquivo Word (Fonte 12, Arial, Espaçamento de 1,5 e margens Esquerda e Superior de 3cm - margens Direita e Inferior de 2cm), no cabeçalho escrevam o Nome, número e a Série, escrevam também o título da atividade. O prazo de entrega desta atividade será até o dia 15/06, segunda-feira.
Até mais e bons estudos.

2 ano do ensino fundamental.

Trabalhando conceitos.

O ESPAÇO INDUSTRIAL DO BRASIL

            A industrialização do Brasil apresenta um contexto específico e corresponde ao conceito da Industrialização Tardia, processo que ocorre apenas no século XX, muito diferente do contexto dos países desenvolvidos e das tradicionais potências econômicas, países que passaram pelo processo da Industrialização Original que corresponde ao período da Revolução Industrial do século XVIII.
            A primeira fase da nossa industrialização tem início no final do último ciclo econômico do café. O capital obtido pela monocultura do café foi utilizado para melhorar a infraestrutura de transporte, energia e comunicação. O principal parceiro econômico do Brasil nesta empreitada foi a Inglaterra que manteve negociação fornecendo recursos tecnológicos e humanos para impulsionar a economia da América do Sul, garantindo assim, um vantajoso mercado consumidor. Basta observar a paisagem do centro velho de São Paulo para perceber a influência da Inglaterra nesta fase que corresponde aos anos finais do século XIX até a década de 1930.

Estação da Luz em São Paulo





A arquitetura da Estação da Luz e de outras estruturas urbanas da cidade de São Paulo, são registros históricos da influência da Inglaterra em nossa industrialização. A Inglaterra foi a maior potência econômica até o período da II Guerra Mundial e precisava manter sua influência comercial na América do Sul, o acordo comercial com o Brasil foi fundamental para a expansão do poder econômico britânico, por isso, investiu no Brasil e foi responsável pela industrialização do nosso país.
            A primeira fase de nossa industrialização corresponde ao período de 1930 até 1945, fase influenciada pelo contexto da I e II Guerra Mundial. O esforço de guerra dos países europeus deslocou todo o potencial produtivo para manter o setor bélico a todo vapor, consequentemente, ocorreu uma escassez de produtos de bens de consumo, como vestuários, alimentos, calçados e etc. A industrialização do Brasil configurou na participação emergencial de fornecimentos de produtos industriais básico antes exportados pelas potencias, fase conhecida como: processo produtivo de Substituição de Importados.
            A primeira região industrial do Brasil foi o Centro Velho de São Paulo com o desenvolvimento industrial dos Bairros do Brás, Bexiga e Barra Funda, ainda restam ruínas desse tempo na paisagem desses bairros. Adjacente as linhas de trem, é possível observar a existências de algumas estruturas dessa época como os antigos galpões, chaminés e edificações que pertenciam as fábricas desse período.
            A segunda fase da industrialização brasileira é marcada pela consolidação do parque industrial ao desenvolver em parceria com os EUA, a implantação da primeira Indústria de Base do Brasil, A Companhia Siderúrgica Nacional (CSN) no Estado do Rio de Janeiro. É a partir dessa fase que o Brasil passa a receber grandes indústrias multinacionais, indústrias automobilísticas. Essa fase também é marcada pela política de desenvolvimento do Plano de Metas de JK (Juscelino Kubitschek) que visava garantir a construção de infraestruturas como transportes, comunicação e energia. Sua administração foi a responsável pela Construção de Brasília.
            A terceira fase de nossa industrialização corresponde ao período da Ditadura Militar com o modelo desenvolvimentista alinhado aos EUA, período das grandes obras da engenharia moderna como a construção da maior Usina Hidrelétrica da época, ITAIPU, ponte Rio-Niterói, Rodovias Federais, entre elas, a polêmica Transamazônica. Mas o grande feito deste período foi a integração do território com a criação de polos produtivos, como o Polo Regional da Zona Franca de Manaus, tornando o maior polo industrial do Brasil, tudo graças a isenção fiscal garantida pelo governo brasileiro que visava atrair as multinacionais para a região amazônica.
            Essa fase também é conhecida por representar o início do declínio das indústrias nacionais, dois fatores foram determinantes: o primeiro corresponde ao protecionismo e o segundo à remeça de lucro.
            Geralmente, os países desenvolvidos promovem o protecionismo de suas industrias, garantem subsídio e restringem burocraticamente a entrada de industrias multinacionais em seu território, mas o Brasil sempre manteve uma versão branda do protecionismo, atraindo as multinacionais, pensando em corrigir este problema, João Goulart coloca em prática a política de Remeça de Lucro que obrigou a permanência do capital dessas multinacionais na proporção de 40%. Essa política protecionista de Goulart foi uma das motivações para a burguesia internacional apoiar da Ditadura Militar.  
            O contexto econômico internacional da entrada do Neoliberalismo a partir dos últimos anos da Ditadura Militar configurou o declínio de nossas industrias, pois as décadas de 1970 e 1980 marcaram o avanço das multinacionais em nosso território com a prática do monopólio e a consequente falência das indústrias nacionais.

Atividade

1 Qual é a diferença entre a industrialização do Brasil e a industrialização da Alemanha?

2 Quais fatores foram responsáveis pelo declínio de nossa industrialização?

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