Prof. Me. Horácio - 2 série A, B, C, D, E e F - Geografia


2º Bimestre do ano letivo de 2020: Geografia.
Prof. Me. Horácio José de Souza Neto.
Gmail: horaciojose@prof.educacao.sp.gov.br
Entrega da atividade: 06/07/2020

Atividades pedagógicas de geografia para o desenvolvimento de aprendizagens durante o período de reclusão social.
OBS: as atividades estarão agregadas ao e-mail institucional como repositório das aulas que já foram trabalhadas pelo Centro de Mídias SP na respectiva semana letiva.

Respondam as atividades no arquivo Word (Fonte 12, Arial, Espaçamento de 1,5 e margens Esquerda e Superior de 3cm - margens Direita e Inferior de 2cm), no cabeçalho escrevam o Nome, número e a Série, escrevam também o título da atividade. O prazo de entrega desta atividade corresponde ao período letivo semanal com data de entrega até o dia 06/07, segunda-feira. Porém, essa atividade está planejada de acordo com o número de aulas previstas, 04 no total, adaptadas ao ambiente virtual para atender o expediente letivo das 2ª,4ª,5ª e 6ª feiras (as 3º são dedicadas as reuniões e planejamentos pedagógicos desta disciplina). Prezados alunos, desta forma, haverá mais tempo para exercitar o aprendizado, lembrando que é importante entregar as atividades no prazo estipulado para obterem orientações sobre dúvidas dos conceitos e práticas trabalhadas durante cada aula executada em ambiente virtual.
Utilizaremos recursos textuais e visuais, as atividades são dissertativas. As orientações sobre os exercícios e a entrega dos mesmos serão trabalhadas e postadas no e-mail institucional todos os dias no horário das 7h às 18h30, com exceção dos finais de semana, feriados e nas 3ª feiras (alunos com acesso apenas ao e-mail institucional, verificar a nota registrada na SED) e no Classrom (a própria interface disponibiliza a visualização das notas organizadas cronologicamente).

Até mais e bons estudos.






2 anos A, B, C, D, E e F do ensino médio.

Trabalhando conceitos:
Conteúdo: Os circuitos da produção (II): o espaço agropecuário;
Habilidades: Identificar, por meio da linguagem cartográfica, textos e/ou iconografias, a distribuição da atividade agropecuária no território brasileiro;
Reconhecer, com base em textos, mapas e/ou iconografias, os circuitos da produção agropecuária no território brasileiro;
Identificar, com base em textos, mapas e/ou iconografias, os impactos ambientais do agronegócio no Brasil.

O ESPAÇO AGROPECUÁRIO

            O estudo da agropecuária corresponde ao estudo do primeiro setor da economia, vimos em aulas anteriores que este setor econômico produz baixo valor agregado, seu valor está associado ao processo simplificado da produção que requer pouco ou nenhum processamento mantendo o produto natural, mas com introdução de agrotóxicos.
            Apesar do baixo valor agregado dos produtos agropecuários, nossa economia obtenha grande parte de sua renda a partir da exportação de grãos (soja, café, trigo), cítricos (laranja) e carne bovina, ou seja, mais da metade do PIB brasileiro é oriundo do primeiro setor da economia, apenas o ramo de produção agropecuário apresenta uma renda anual de quase 100 bilhões de dólares. Isso ocorre porque o Brasil exporta commodities para as principais economias do mundo, os principais clientes são os EUA, União Europeia, Japão, China e demais países desenvolvidos e emergentes, nossa exportação é global, configurando o Brasil como o maior agroexportador do mundo.
            Mas para configurar como o maior agroexportador, o Brasil precisou manter um modelo moderno e avançado de produção no ramo produtivo da agropecuária, agregando também muita tecnologia. O modelo do agronegócio apresenta a seguinte estrutura produtiva:

Latifúndio: grandes propriedades de terras.

Monocultura: cultivo específico de uma determinada planta.

Modernização: introdução de maquinários e automação.

Insumos: introdução de agrotóxicos e manipulação genética (transgênicos).

            O modelo produtivo da agropecuária é negativo em âmbito ambiental e também no social, no primeiro os impactos estão associados ao desmatamento e a destruição da biodiversidade, no segundo os impactos estão associados a expropriação de terras e a baixa empregabilidade, ambos trazem consequências negativas para a qualidade de vida da população.
            Para conter esses problemas, o governo federal tomou uma série de medidas nas últimas décadas após o sancionamento da constituição de 1988, implementou políticas de fiscalização e demarcou territórios de preservação ambiental fundando Unidades de Conservação no perímetro do Bioma Amazônico denominado de Amazônia Legal. Porém, verificamos um avanço dos desmatamentos que correspondem a fronteira agrícola da Amazônia Legal, para obter uma visão geral deste problema, vamos observar o seguinte mapa.


Avanço do desmatamento na Amazônia Legal





O problema consiste no modelo de agro exportação, como a produção agrícola está direcionada a exportação, os proprietários de terras tendem a expandir a lavoura ao invés de manter uma produção racionalizada, ou seja, os mercados internacionais não esperam a retomada da produção ligada ao ciclo natural  da lavoura e da colheita, para atender a demanda dos mercados internacionais, os produtores brasileiro promovem os desmatamentos ilegais ao invés de adotar alternativas mais adequadas ao meio ambiente como a rotação de culturas, por exemplo, que ao invés de obter novas terras, o proprietário mantem cotas da mesma propriedade agrícola estacionada para a próxima lavoura, mas este processo não aumenta a produtividade, a não ser que o latifundiário adquira mais terras, deste modo, a rotação de cultura também promove o desmatamento.

            O desmatamento adicionado a monocultura destroem a biodiversidade alterando radicalmente o ecossistema, onde havia centenas ou milhares de espécies da fauna e da flora, deu lugar a uma única e exclusiva espécie de planta cultivada em uma determinada lavoura de monocultura, essa alteração, privilegia algumas espécies de animais que se alimentam da planta cultivada, aumentando a população da espécie predatória, esse aumento ocorre por causa da inexistência de outras espécies de animais que se alimentam dos predadores, ou seja, há um desequilíbrio no ecossistema. Para evitar a predação total da lavoura e sua perda, as grandes propriedades agrícolas despejam inseticidas, grandes quantidades de venenos classificados como agrotóxicos para eliminar os predadores que geralmente são constituídos por insetos.
            Para aumentar a produtividade, os latifundiários também utilizam fertilizantes nos solos e sementes alteradas geneticamente, conhecidas cientificamente como transgênicos. A combinação dos agrotóxicos com os insumos (fertilizantes e transgênico) produzem alimentos que prejudicam a qualidade de vida das pessoas que os consomem. Mas o problema não é tão simples de resolver, porque esses produtos dominam as prateleiras dos supermercados, a população não tem muitas alternativas para evitar os produtos agrícolas produzidos pelo agronegócio. A alternativa mais viável, barata e acessível é o consumo dos alimentos ofertados pelas tradicionais feiras de bairros, formadas por agricultores que integram o modelo da pequena propriedade familiar de produção agrícola. Essas pequenas propriedades apresentam um modelo de produção agrícola totalmente oposta ao modelo do agronegócio.

Modelo da produção agrícola familiar:

Minifúndio: pequena propriedade agrícola.

Policultura: lavoura de roçado com o cultivo de várias espécies de plantas.

Produção tradicional: emprego de pouca tecnologia e aperfeiçoamento das técnicas.
Insumos naturais: utilização de adubos e sementes naturais.

            A qualidade dos alimentos produzidos em pequenas propriedades camponesas é inquestionável, são alimentos orgânicos e com pouca ou nenhuma utilização de agrotóxicos. Porém, as tradicionais feiras de bairros estão diminuindo, perdendo espaço para os grandes supermercados e redes de shopping centers que passaram a comercializar produtos hortifrutigranjeiros, assim, os feirantes deixaram de fornecer diretamente seus produtos para o consumidor final, passando a atuar como fornecedores das grandes redes de supermercados. Essa nova dinâmica comercial é ruim para o consumidor e também para o produtor rural, pois, o primeiro vai consumir um produto mais caro e com maior introdução de produtos químicos para aumentar o tempo de conservação, o pequeno produtor perde a lucratividade, pois é a obrigado a seguir um padrão de preços abaixo do valor comercializado nas tradicionais feiras.


ATIVIDADE

1 Qual é o modelo dominante de produção agropecuária no Brasil?

2 Existe um modelo de produção agropecuária mais saudável no âmbito ambiental e social? Justifique sua resposta!



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