Prof. Raquel - Historia 8A,8B,8C e 8D
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Era Napoleônica
No
desenrolar da Revolução Francesa nas duas últimas décadas do
século XVIII, os jacobinos assumiram o poder e instalaram a chamada “fase do
terror” ou “Terror Revolucionário”. Nessa fase, que se tornou crucial a
partir do ano de 1793, uma série de crises começou a ocorrer na França, tanto
de ordem política quanto de ordem econômica e militar. Tais crises implicaram a
insatisfação dos setores políticos mais moderados, os quais passaram a
articular o afastamento dos jacobinos do poder. Para tanto, tornava-se
necessário o estabelecimento de uma nova estrutura política que fosse
gerenciada por um líder habilidoso e com grande prestígio popular.
Napoleão
Bonaparte, apesar de jovem, destacou-se como um dos mais respeitáveis generais
do exército francês durante a Revolução. Sua habilidade na guerra devia-se a
variados fatores, mas principalmente à verdadeira reforma que empreendeu com
suas tropas, concedendo vantagens, motivação, profissionalização e, sobretudo,
a infusão de um espírito nacional nos soldados. O exército de Napoleão foi o
primeiro exército popular da história ligado à ideia de nação – a Nação
Francesa –, ao contrário dos exércitos tradicionais que eram eminentemente
aristocráticos.Napoleão assumiu o poder apoiado pelos setores da burguesia que
queriam o fim do Diretório, comandado pelos Girondinos. Napoleão pôde, assim,
reprimir tanto os revolucionários que estavam à esquerda quanto os monarquistas
que estavam à direita política da França à época. A manobra político-militar
que o colocou no poder ficou conhecida como golpe do 18 de brumário (nome
que faz referência ao dia e mês do calendário revolucionário) em 1799. No ano
seguinte ao golpe, uma nova Constituição foi promulgada, fortalecendo o Poder
Executivo e dando a Napoleão o cargo de cônsul vitalício.
Napoleão passou de jovem general a Imperador da França, instituindo uma dinastia familiar
Entretanto,
dado o enorme poder que passou a concentrar no cargo de cônsul, Napoleão
coroou-se, em 1804, na catedral de Notre-Dame, em Paris, tornando-se imperador
dos franceses – esse fato tornou-se símbolo da total independência que o novo
imperador passou a ter em relação à Igreja, já que antes era o Papa que coroava
o Rei.
A partir
de então, o imperador Napoleão passou a estabelecer uma série de mudanças na
França, desde a reabilitação da Igreja Católica, promovendo reformas no clero
e, em certa medida, controlando-o, até a instituição de um novo Código Civil,
que veio a estruturar uma complexa legislação que até hoje tem seu reflexo no
Direito Constitucional e Internacional do mundo todo.Além disso, Napoleão
também procurou expandir seu império para várias regiões da Europa. Suas
campanhas contra a Prússia e a Rússia tornaram-se notórias. O exército nacional
francês conseguiu vitórias espetaculares contra os outros exércitos
aristocráticos. Aos povos conquistados, Napoleão dava a justificativa de que os
“libertava” da estrutura do absolutismo, ou do Antigo Regime, que vigorava até
então em vários países da Europa.O principal entrave aos projetos de Napoleão
foi o Império Britânico. A Grã-Bretanha, por consistir em um conjunto de ilhas,
não ficou exposta aos ataques da infantaria napoleônica e, não obstante,
detinha a marinha mais poderosa do mundo na época. Napoleão procurou, então,
estabelecer uma estratégia diferente contra os britânicos: bloqueá-los
economicamente. Essa estratégia ficou conhecida como “Bloqueio Continental” e consistia em pressionar as
nações europeias que estavam sob influência da França a não estabelecerem
vínculo comercial com a Inglaterra. Foi nesse contexto que o rei português, D.
João VI, que era apoiado pela Grã-Bretanha, fugiu com a sua corte para o Brasil
– até então colônia – por não atender às determinações de Napoleão.
De
1813 a 1815, Napoleão sofreu, gradativamente, desgastes em seu império,
sobretudo pela grande resistência que países como o Reino Unido, Áustria,
Prússia e Rússia ofereciam ao seu domínio. A batalha mais famosa que marcou o
declínio de Napoleão foi a Batalha de Waterloo,
de onde saiu derrotado. A dinastia de Bourbon foi restaurada na França e ascendeu
ao trono o rei Luís XVIII. Assim acabou o reinado dinástico de Napoleão, que
foi exilado na ilha de Santa Helena e lá morreu em 1821.
1. Assinale a alternativa que apresenta, corretamente, uma realização de Napoleão Bonaparte, que representou uma consolidação das ideias da Revolução Francesa.
a) O impedimento do retorno do uso de títulos de nobreza, reivindicado pelos seus generais e pela burguesia francesa que desejava tornar-se a nova elite do país.
b) A criação do Código Civil, inspirado no direito romano e nas leis do período revolucionário, que, na sua essência, vigora até hoje na França.
c) A abolição da escravidão nas colônias francesas, reafirmando o princípio da liberdade presente na Declaração dos Direitos do Homem e do Cidadão.
d) A realização de uma reforma agrária, prometida, mas não efetivada, pelos jacobinos, o que garantiu a popularidade de Napoleão entre os camponeses.
e) A criação da Constituição Civil do Clero, que proibiu toda forma de culto religioso no território francês.
2. Entre 1789 e 1848, a França viveu dias extremamente conturbados, com reflexos sobre boa parte do mundo ocidental. As citações abaixo são trechos de tratados firmados ou de livros escritos à época ou pouco depois. Leia e estabeleça as relações adequadas entre as citações e os acontecimentos do período indicado.
Em seguida, marque a alternativa CORRETA.
1 – "Toda loja, toda mercadoria, toda propriedade, qualquer que seja sua espécie, pertencente a um súdito da Inglaterra, será declarada boa presa."
2 – "Logo, a luta política travar-se-á entre os que possuem e os que não possuem; o grande campo de batalha será a propriedade." "A República Social apareceu como palavreado, como profecia, no limiar da Revolução de Fevereiro. Nos dias de junho (...) ela foi afogada no sangue do proletariado parisiense, mas ronda, como fantasma, os atos subsequentes do drama."
3 – "Suas majestades o Imperador da Áustria, o Rei da Prússia e o Imperador da Rússia permanecerão unidos por laços de verdadeira e indissolúvel fraternidade; considerando-se compatriotas (...) eles se prestarão assistência, ajuda e socorro."
4. – "A longa obstinação da nobreza em permanecer separada do Terceiro nos Estados Gerais, a amarga, a áspera polêmica que se erguera nesta ocasião (...) tinha inculcado no povo uma idéia indelével: o nobre era o inimigo."
(__) Revolução Francesa de 1789.
(__) Decreto de N. Bonaparte, que determinava o Bloqueio Continental.
(__) Tratado da Santa Aliança, criada a partir do Congresso de Viena.
(__) Revoluções de 1848 na França.
a) 4,1,3,2;
b) 4,3,2,1;
c) 2,3,1,4;
d) 2,1,3,4.
3. O Código Civil Napoleônico, promulgado em 1804 e inspirado no Direito Romano, foi fonte de diretrizes legais para os países ocidentais capitalistas porque:
a) assegurava a igualdade civil entre os indivíduos.
b) extinguia a escravidão nas colônias.
c) instituía o direito de greve.
d) limitava o direito à propriedade.
4. “Milhares de séculos decorrerão antes que as circunstâncias acumuladas sobre a minha cabeça vão encontrar um outro na multidão para reproduzir o mesmo espetáculo.”
(Napoleão Bonaparte).
Sobre o período napoleônico (1799-1815), podemos afirmar que:
a) consolidou a revolução burguesa na França através da contenção dos monarquistas e jacobinos.
b) manteve as perseguições religiosas e o confisco das propriedades eclesiásticas iniciadas durante a Revolução Francesa.
c) enfrentou a oposição do exército e dos camponeses ao se fazer coroar imperador dos franceses.
d) favoreceu a aliança militar e econômica com a Inglaterra, visando à expansão de mercados.
e) anulou diversas conquistas do período revolucionário, tais como a igualdade entre os indivíduos e o direito de propriedade.
5. Como terror entende-se (…) um tipo de regime particular, ou melhor, o instrumento de emergência a que um Governo recorre para manter-se no poder.”
(N. Bobbio, Dicionário de Política.)
O mencionado “instrumento de emergência” – o “terror” – foi aplicado em sua forma típica, na revolução Francesa,
a) durante a reação aristocrática de 1787–1788
b) por Napoleão Bonaparte, na fase do Diretório
c) no período da ditadura do Comitê de Salvação Pública
d) pelos girondinos contra os bonapartistas
e) por Luís XVI contra os camponeses da Vendeia
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