Professor Igor - Língua portuguesa
3°A
Assunto: Paródias e Vanguardas Europeias
Exercícios
1) ( Enem)
TEXTO A
Canção do exílio
Minha terra tem palmeiras,
Onde canta o Sabiá;
As aves, que aqui gorjeiam,
Não gorjeiam como lá.
Nosso céu tem mais estrelas,
Nossas várzeas tem mais flores,
Nossos bosques tem mais vida,
Nossa vida mais amores.
[...]
Minha terra tem primores,
Que tais não encontro eu cá;
Em cismar - sozinho, a noite -
Mais prazer eu encontro la;
Minha terra tem palmeiras
Onde canta o Sabiá.
Não permita Deus que eu morra,
Sem que eu volte para lá;
Sem que desfrute os primores
Que não encontro por cá;
Sem qu'inda aviste as palmeiras
Onde canta o Sabiá.
DIAS, G. Poesia e prosa completas. Rio de Janeiro: Aguilar, 1998.
TEXTO B
Canto de regresso à Pátria
Minha terra tem palmares
Onde gorjeia o mar
Os passarinhos daqui
Não cantam como os de lá
Minha terra tem mais rosas
E quase tem mais amores
Minha terra tem mais ouro
Minha terra tem mais terra
Ouro terra amor e rosas
Eu quero tudo de lá
Não permita
Deus que eu morra
Sem que volte para lá
Não permita Deus que eu morra
Sem que volte pra São Paulo
Sem que eu veja a rua 15
E o progresso de São Paulo.
ANDRADE, O. Cadernos de poesia do aluno Oswald. São Paulo: Cfrculo do Livro. s/d.
Os textos A e B, escritos em contextos históricos e culturais diversos, enfocam o mesmo motivo poético: a paisagem brasileira entrevista a distância. Analisando-os, conclui-se que:
a) o ufanismo, atitude de quem se orgulha excessivamente do país em que nasceu, é o tom de que se revestem os dois textos.
b) a exaltação da natureza é a principal característica do texto B, que valoriza a paisagem tropical realçada no texto A.
c) o texto B aborda o tema da nação, como o texto A, mas sem perder a visão crítica da realidade brasileira.
d) o texto B, em oposição ao texto A, revela distanciamento geográfico do poeta em relação à pátria.
e) ambos os textos apresentam ironicamente a paisagem brasileira.
2) Texto I
Pra que mentir?
Pra que mentir se tu ainda não tens
Esse dom de saber iludir?
Pra quê?! Pra que mentir
Se não há necessidade de me trair?
Pra que mentir, se tu ainda não tens
A malícia de toda mulher?
Pra que mentir
se eu sei que gostas de outro
Que te diz que não te quer?
Pra que mentir
Tanto assim
Se tu sabes que eu já sei
Que tu não gostas de mim?!
Se tu sabes que eu te quero
Apesar de ser traído
Pelo teu ódio sincero
Ou por teu amor fingido?!
Noel Rosa
Texto II
Dom de iludir
Não me venha falar
Na malícia de toda mulher
Cada um sabe a dor
E a delícia de ser o que é
Não me olhe como se a polícia
Andasse atrás de mim
Cale a boca
E não cale na boca
Notícia ruim
Você sabe explicar
Você sabe entender
Tudo bem
Você está, você é
Você faz, você quer
Você tem
Você diz a verdade
A verdade é seu dom de iludir
Como pode querer que a mulher
Vá viver sem mentir?
Caetano Veloso
A releitura da canção de Noel Rosa feita por Caetano Veloso:
a)valoriza a infidelidade feminina.
b) defende a efemeridade contida no discurso feminino.
c) defende o caráter dissimulado do discurso feminino.
d) condena o caráter persuasivo contido no discurso feminino.
e) condena a astúcia feminina.
3) (Unifesp) Sobre o Futurismo, estão corretas as seguintes alternativas:
I. No Brasil, todas as tendências de vanguarda foram chamadas de Modernismo, que equivale ao Futurismo, para os italianos, e ao Expressionismo, para os alemães.
II. Na literatura brasileira, seus principais representantes foram Manuel Bandeira e Augusto Frederico Schmidt, que se apropriaram de ideais futuristas para a realização de uma escrita automática e telegráfica.
III. O Futurismo difundiu-se por meio de manifestos e conferências, encontrando na literatura seu meio ideal de realização artística.
IV. Entre suas principais características estão a decomposição das figuras em formas geométricas, a não retratação da realidade de forma real (realidade fragmentada), a não utilização da perspectiva e tridimensionalidade e o uso do humor.
a) Todas estão corretas.
b) Apenas I está correta.
c) I e III estão corretas.
d) II e IV estão corretas.
e) II e IV estão corretas.
4) O Surrealismo buscou a comunicação com o irracional e o ilógico, deliberadamente desorientando e reorientando a consciência por meio do inconsciente.
Fiona Bradley. Surrealismo, 2001
Verifica-se a influência do Surrealismo nos seguintes versos:
a) Um gatinho faz pipi.
Com gestos de garçom de restaurant-Palace
Encobre cuidadosamente a mijadinha.
Sai vibrando com elegância a patinha direita:
– É a única criatura fina na pensãozinha burguesa.
(Manuel Bandeira, “Pensão familiar”.)
b) A igreja era grande e pobre. Os altares, humildes.
Havia poucas flores. Eram flores de horta.
Sob a luz fraca, na sombra esculpida
(quais as imagens e quais os fiéis?)
ficávamos.
(Carlos Drummond de Andrade, “Evocação Mariana”.)
c) Nunca me esquecerei desse acontecimento
na vida de minhas retinas tão fatigadas.
Nunca me esquecerei que no meio do caminho
tinha uma pedra
tinha uma pedra no meio do caminho
no meio do caminho tinha uma pedra.
(Carlos Drummond de Andrade, “No meio do caminho”.)
d) E nas bicicletas que eram poemas
chegavam meus amigos alucinados.
Sentados em desordem aparente,
ei-los a engolir regularmente seus relógios
enquanto o hierofante armado cavaleiro
movia inutilmente seu único braço.
(João Cabral de Melo Neto, “Dentro da perda da memória”.)
e) – Desde que estou retirando
só a morte vejo ativa,
só a morte deparei
e às vezes até festiva;
só morte tem encontrado
quem pensava encontrar vida,
e o pouco que não foi morte
foi de vida severina.
(João Cabral de Melo Neto, “Morte e vida severina”.)
5) (Enem)
TEXTO A
Canção do exílio
Minha terra tem palmeiras,
Onde canta o Sabiá;
As aves, que aqui gorjeiam,
Não gorjeiam como lá.
Nosso céu tem mais estrelas,
Nossas várzeas tem mais flores,
Nossos bosques tem mais vida,
Nossa vida mais amores.
[...]
Minha terra tem primores,
Que tais não encontro eu cá;
Em cismar - sozinho, a noite -
Mais prazer eu encontro la;
Minha terra tem palmeiras
Onde canta o Sabiá.
Não permita Deus que eu morra,
Sem que eu volte para lá;
Sem que desfrute os primores
Que não encontro por cá;
Sem qu'inda aviste as palmeiras
Onde canta o Sabiá.
DIAS, G. Poesia e prosa completas. Rio de Janeiro: Aguilar, 1998.
TEXTO B
Canto de regresso à Pátria
Minha terra tem palmares
Onde gorjeia o mar
Os passarinhos daqui
Não cantam como os de lá
Minha terra tem mais rosas
E quase tem mais amores
Minha terra tem mais ouro
Minha terra tem mais terra
Ouro terra amor e rosas
Eu quero tudo de lá
Não permita
Deus que eu morra
Sem que volte para lá
Não permita Deus que eu morra
Sem que volte pra São Paulo
Sem que eu veja a rua 15
E o progresso de São Paulo.
ANDRADE, O. Cadernos de poesia do aluno Oswald. São Paulo: Cfrculo do Livro. s/d.
Os textos A e B, escritos em contextos históricos e culturais diversos, enfocam o mesmo motivo poético: a paisagem brasileira entrevista a distância. Analisando-os, conclui-se que:
a) o ufanismo, atitude de quem se orgulha excessivamente do país em que nasceu, é o tom de que se revestem os dois textos.
b) a exaltação da natureza é a principal característica do texto B, que valoriza a paisagem tropical realçada no texto A.
c) o texto B aborda o tema da nação, como o texto A, mas sem perder a visão crítica da realidade brasileira.
d) o texto B, em oposição ao texto A, revela distanciamento geográfico do poeta em relação à pátria.
e) ambos os textos apresentam ironicamente a paisagem brasileira.
2) Texto I
Pra que mentir?
Pra que mentir se tu ainda não tens
Esse dom de saber iludir?
Pra quê?! Pra que mentir
Se não há necessidade de me trair?
Pra que mentir, se tu ainda não tens
A malícia de toda mulher?
Pra que mentir
se eu sei que gostas de outro
Que te diz que não te quer?
Pra que mentir
Tanto assim
Se tu sabes que eu já sei
Que tu não gostas de mim?!
Se tu sabes que eu te quero
Apesar de ser traído
Pelo teu ódio sincero
Ou por teu amor fingido?!
Noel Rosa
Texto II
Dom de iludir
Não me venha falar
Na malícia de toda mulher
Cada um sabe a dor
E a delícia de ser o que é
Não me olhe como se a polícia
Andasse atrás de mim
Cale a boca
E não cale na boca
Notícia ruim
Você sabe explicar
Você sabe entender
Tudo bem
Você está, você é
Você faz, você quer
Você tem
Você diz a verdade
A verdade é seu dom de iludir
Como pode querer que a mulher
Vá viver sem mentir?
Caetano Veloso
A releitura da canção de Noel Rosa feita por Caetano Veloso:
a)valoriza a infidelidade feminina.
b) defende a efemeridade contida no discurso feminino.
c) defende o caráter dissimulado do discurso feminino.
d) condena o caráter persuasivo contido no discurso feminino.
e) condena a astúcia feminina.
3) (Unifesp) Sobre o Futurismo, estão corretas as seguintes alternativas:
I. No Brasil, todas as tendências de vanguarda foram chamadas de Modernismo, que equivale ao Futurismo, para os italianos, e ao Expressionismo, para os alemães.
II. Na literatura brasileira, seus principais representantes foram Manuel Bandeira e Augusto Frederico Schmidt, que se apropriaram de ideais futuristas para a realização de uma escrita automática e telegráfica.
III. O Futurismo difundiu-se por meio de manifestos e conferências, encontrando na literatura seu meio ideal de realização artística.
IV. Entre suas principais características estão a decomposição das figuras em formas geométricas, a não retratação da realidade de forma real (realidade fragmentada), a não utilização da perspectiva e tridimensionalidade e o uso do humor.
a) Todas estão corretas.
b) Apenas I está correta.
c) I e III estão corretas.
d) II e IV estão corretas.
e) II e IV estão corretas.
4) O Surrealismo buscou a comunicação com o irracional e o ilógico, deliberadamente desorientando e reorientando a consciência por meio do inconsciente.
Fiona Bradley. Surrealismo, 2001
Verifica-se a influência do Surrealismo nos seguintes versos:
a) Um gatinho faz pipi.
Com gestos de garçom de restaurant-Palace
Encobre cuidadosamente a mijadinha.
Sai vibrando com elegância a patinha direita:
– É a única criatura fina na pensãozinha burguesa.
(Manuel Bandeira, “Pensão familiar”.)
b) A igreja era grande e pobre. Os altares, humildes.
Havia poucas flores. Eram flores de horta.
Sob a luz fraca, na sombra esculpida
(quais as imagens e quais os fiéis?)
ficávamos.
(Carlos Drummond de Andrade, “Evocação Mariana”.)
c) Nunca me esquecerei desse acontecimento
na vida de minhas retinas tão fatigadas.
Nunca me esquecerei que no meio do caminho
tinha uma pedra
tinha uma pedra no meio do caminho
no meio do caminho tinha uma pedra.
(Carlos Drummond de Andrade, “No meio do caminho”.)
d) E nas bicicletas que eram poemas
chegavam meus amigos alucinados.
Sentados em desordem aparente,
ei-los a engolir regularmente seus relógios
enquanto o hierofante armado cavaleiro
movia inutilmente seu único braço.
(João Cabral de Melo Neto, “Dentro da perda da memória”.)
e) – Desde que estou retirando
só a morte vejo ativa,
só a morte deparei
e às vezes até festiva;
só morte tem encontrado
quem pensava encontrar vida,
e o pouco que não foi morte
foi de vida severina.
(João Cabral de Melo Neto, “Morte e vida severina”.)
5) (Enem)
AMARAL, Tarsila do. O mamoeiro. 1925, óleo sobre tela, 65×70, IEB//USP
O modernismo brasileiro teve forte influência das vanguardas europeias. A partir da Semana de Arte Moderna, esses conceitos passaram a fazer parte da arte brasileira definitivamente. Tomando como referência o quadro O mamoeiro, identifica-se que, nas artes plásticas, a
a) imagem passa a valer mais que as formas vanguardistas.
b) forma estética ganha linhas retas e valoriza o cotidiano.
c) natureza passa a ser admirada como um espaço utópico.
d) imagem privilegia uma ação moderna e industrializada.
e) forma apresenta contornos e detalhes humanos.
Data da devolutiva: 06/07, por e-mail institucional igorlopesferreira@prof.educacao.sp.gov.br
Comentários
Postar um comentário