Profº Carlos Fernandes / Tecnologia e Inovação / 9ºC/ 9ºD/ 9ºE


 Trecho do livro: COMO O CÉREBRO CRIA: O PODER DA CRIATIVIDADE HUMANA PARA TRANSFORMAR O MUNDO. Autores David Eagleman e Anthony Brandt. Editora: Sextante.

Capítulo 1 - Inovar é Humano 

Ponto de equilíbrio

O cérebro procura um equilíbrio entre aproveitar o conhecimento adquirido e explorar novas possibilidades. Essa é sempre uma negociação complicada. Suponhamos que você precise decidir em qual restaurante almoçar. Seria melhor ir ao predileto de sempre ou tentar algo novo? Se escolher o lugar conhecido, estará aproveitando o conhecimento que obteve em experiências anteriores. Se preferir um salto culinário no escuro, estará explorando opções ainda não testadas.
  Os seres do reinal animal costumam chegar a um meio termo. Se você aprendeu com a experiência que debaixo das pedras vermelhas há larvas e debaixo das azuis não há nada, precisa aproveitar esse conhecimento. Mas pode ser que um dia você não encontre larva nenhuma ali, seja por causa da seca, incêndio ou outros animais caçando na região. As regras do mundo raramente permanecem as mesmas por muito tempo, e é por isso que os animais precisam pegar o que aprenderam ("As pedras vermelhas escondem larvas") e alternar isso com tentativas de novas descobertas ("O que haverá debaixo dessas pedras azuis"). É por isso que um animal passa a maior parte do tempo procurando debaixo das pedras vermelhas, mas não o tempo todo. Ele vai dedicar algum tempo a procurar debaixo das azuis, mesmo tendo feito buscas infrutíferas ali no passado. Continuará explorando. Vai dedicar algum tempo a procurar também debaixo das pedras amarelas, nos troncos e no rio, porque nunca se sabe de onde virá a próxima refeição. No reino animal, o conhecimento adquirido a duras penas é contrabalançado por novas buscas.
  No decorrer de seu desenvolvimento ao longo das eras, o cérebro chega a um meio-termo entre aproveitamento e exploração que equilibra flexibilidade e rigor. Queremos que o mundo seja previsível, mas não previsível demais, e é por isso que penteados não param de mudar, nem bicicletas, estádios, fontes,literatura, moda, cinema, cozinhas ou carros. Nossas criações podem se parecer muito com o que veio antes, mas se transformam. Com a previsibilidade demais, não prestamos atenção; com surpresa demais, ficamos desorientados. Como veremos nos próximos capítulos, a criatividade existe nessa tensão.

A partir da leitura deste trecho cite um exemplo de algo criado que aproveitou parte do conhecimento  já estabelecido. Por exemplo: o celular foi criado a partir do conhecimento que já se tinha sobre as linhas de telefone fixa. Cite um outro exemplo de invenção e descreva como se deu essa criação.

Envie para o email: cfoliveira@prof.educacao.sp.gov.br









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