Caros alunos!
Na aula de 09/07/2020, no Centro de Mídias, foi apresentado um soneto de Camões.
Segue uma pequena biografia de Camões e algumas atividades.
Data da entrega: 20/07/2020.
Dúvidas e devolução para valeriasilveira@prof.educacao.sp.gov.br
Bons estudos!
Na aula de 09/07/2020, no Centro de Mídias, foi apresentado um soneto de Camões.
Segue uma pequena biografia de Camões e algumas atividades.
Data da entrega: 20/07/2020.
Dúvidas e devolução para valeriasilveira@prof.educacao.sp.gov.br
Bons estudos!
Luís Vaz de Camões
O local de nascimento de Luís Vaz de Camões é incerto,
especula-se que tenha sido em Lisboa, em 1524. Também não se tem certeza de
onde Camões estudou, mas em razão de sua erudição, é certo que teve uma
excelente formação.
A vida de Camões foi bastante conturbada. Boêmio, teve
muitas musas inspiradoras, entretanto, nenhuma se tornou oficial. Serviu
Portugal no norte da África, onde foi ferido e perdeu o olho direito. Em 1550, já estava de volta a Portugal, mas,
em 1552, foi preso por ter agredido um oficial do rei. Sua “liberdade” veio em
1553, entretanto, não pôde ficar em Portugal, sendo exilado por 17 anos.
Em 1570, após a morte de D. João III, Camões voltou a
Portugal. Durante o exílio, o poeta esteve nas colônias portuguesas da África e
da Ásia e usou esse momento para produzir. Por isso, quando retornou, sua
célebre obra “Os Lusíadas” já estava concluída e, em 1572, foi publicada pela
primeira vez.
“Os Lusíadas” é um poema épico (que narra fatos
heroicos) que foi dedicado a D. Sebastião, rei de Portugal, e narra os grandes
feitos do povo português em suas navegações e guerras. Em gratidão, D.
Sebastião concedeu uma pensão de 15 mil réis ao poeta.
Camões, sem dúvidas, foi o grande nome do Classicismo
Português, suas obras são de grande valor literário. Compostas por peças
teatrais, poesias líricas e épicas, além de, é claro, sua obra-prima, o soneto
(14 versos com 10 sílabas, as duas primeiras estrofes com quatro versos e as
duas últimas com três).
O poeta faleceu muito pobre, em Lisboa, no ano de
1580. Entretanto, sua obra segue inspirando poetas, músicos, cineastas.
Acompanhe o poema lírico “Amor é fogo que arde sem ver” que foi publicado em
1595 e fala de um dos temas mais ricos da lírica camoniana, o amor.
AO DESCONCERTO DO MUNDO
Os bons vi sempre passar
No Mundo graves tormentos;
E pera mais me espantar,
Os maus vi sempre nadar
Em mar de contentamentos.
Cuidando alcançar assim
O bem tão mal ordenado,
Fui mau, mas fui
castigado.
Assim que, só pera mim,
Anda o Mundo concertado.
Responda:
1) Quais contrastes
aparecem no poema?
2) O que significa, no
poema, “O bem tão mal ordenado?
ALMA MINHA GENTIL
Alma minha gentil, que te
partiste
Tão cedo desta vida,
descontente,
Repousa lá no Céu
eternamente
E viva eu cá na terra sempre
triste.
Se lá no assento etéreo,
onde subiste,
Memória desta vida se
consente,
Não te esqueças daquele
amor ardente
Que já nos olhos meus tão
puro viste.
E se vires que pode
merecer-te
Alguma cousa a dor que me
ficou
Da mágoa, sem remédio, de
perder-te,
Roga a Deus, que teus anos
encurtou,
Que tão cedo de cá me leve
a ver-te,
Quão cedo de meus olhos te
levou.
Assinale a alternativa
correta:
1) Que tipo de amor o
poeta está cantando?
a) Amor físico;
b) Amor idealizado.
AMOR É FOGO QUE ARDE SEM
SE VER
Amor é fogo que arde sem
se ver;
É ferida que dói, e não se
sente;
É um contentamento
descontente;
É dor que desatina sem
doer.
É um não querer mais que
bem querer;
É um andar solitário entre
a gente;
É nunca contentar-se de
contente;
É um cuidar que se ganha
em se perder.
É querer estar preso por
vontade;
É servir a quem vence, o
vencedor;
É ter com quem nos mata,
lealdade.
Mas como causar pode seu
favor
Nos corações humanos
amizade,
Se tão contrário a si é o
mesmo Amor?
Responda:
1) Camões termina o poema
com uma interrogação que indica uma séria dúvida. Qual é?
Comentários
Postar um comentário