ALUNOS E ALUNAS DIA 04 DE AGOSTO: TERCEIRO BIMESTRE
LIBERDADE SEGUNDO ARISTÓTELES (384-322a.C)
Na obra a Ética a Nicômaco, mais precisamente no livro III encontramos o conceito de ato voluntário e ato involuntário: "aquelas coisas que ocorrem sob compulsão ou por ignorância são, pois, considerados involuntários; e é compulsório aquilo cujo princípio motor se encontra fora de nós e para o qual em nada contribui a pessoa que age e que sente a paixão - por exemplo, se essa pessoa fosse levada a alguma parte pelo vento po por homens que a tivessem em seu poder".
Portanto, "o voluntário parece ser aquilo cujo princípio motor se encontra no próprio agente (sujeito), estando ele ciente das circunstâncias particulares do ato".
Mas há, também para Aristóteles, certas ações que parecem misturar o caráter voluntário e involuntário, Por exemplo, "se um tirano ordenasse a alguém que cometesse um ato vil e esse alguém, tendo seus pais e filhos em poder daquele, praticasse o ato para salvá-los da morte"; ou "quando se lançam cargas no mar durante uma tempestade em nome de uma segurança da embarcação. Ações desse tipo são, por conseguinte, voluntárias, mas em abstrato talvez involuntárias, pois ninguém as escolheria por si mesmas, isto é, pelo que elas próprias representam.
Para Aristóteles existe uma diferença entre AGIR POR IGNORÂNCIA E AGIR NA IGNORÂNCIA. No primeiro caso, age-se por causa da ignorância, isto é, a ignorância é a causa da ação. Se soubesse o que fazia, a pessoa não agiria de tal maneira. Por exemplo quando uma criança comete um acidente doméstico. No segundo caso, a ignorância não é propriamente a causa da ação, mas, ao contrário, consequência de outra causa (a embriaguez), que leva a pessoa a ignorar momentaneamente o que faz.
Atividade: Por que é importante investigar antes de fazer nossas escolhas e deliberações?
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