ATIVIDADE 01 – 4º BIMESTRE – SOCIOLOGIA.
Prof. Thomas de Almeida
Junior
Desigualdade social
Apesar de nós brasileiros sermos todos iguais
perante a lei, há profundas desigualdades entre os membros da nossa sociedade.
Mesmo com avanços importantes em termos de distribuição de renda nas últimas duas décadas, o
Brasil continua tendo uma expressiva concentração de riqueza e segue sendo um
dos países mais desiguais do mundo.
Vamos a alguns dados recentes apresentados pela
organização Oxfam Brasil que demonstram a condição de extrema desigualdade
social em que vivemos, não apenas no Brasil, mas em todo o mundo. Em nível
global, apenas oito pessoas detêm o mesmo patrimônio que a metade mais pobre da
população mundial. No Brasil, a situação é ainda mais acentuada: apenas seis
pessoas possuem a riqueza dos 100 milhões de brasileiros mais pobres. Aqui, os
5% mais ricos detêm a mesma fatia de renda que os demais 95%.
Desigualdades sociais: um
fenômeno complexo
Os dados acima se referem à desigualdade econômica:
de renda, riqueza, patrimônio. Existem, entretanto, várias outras formas de
desigualdades sociais: de gênero, raça, geração, geográfica, acesso a serviços
públicos, etc. Não se pode tratar apenas a desigualdade econômica, por exemplo,
sem pensá-la relacionada a outras formas de desigualdade, pois as diferentes
expressões das desigualdades não se apresentam sempre separadas, mas em muitos
casos se reforçam. Portanto, é preferível falar não em desigualdade social, mas
sim em desigualdades, no plural.
As desigualdades se dão em vários níveis. É grande
a disparidade entre países ricos e pobres; e dentro dos países, entre suas
regiões e estados. Em cada estado, existem grandes diferenças entre os
municípios, nos quais podemos perceber desigualdades entre o meio urbano e
rural. E dentro de cada cidade, temos as áreas nobres e as periferias. Existem
ainda outras formas de desigualdade que geram um abismo social entre os mais
diversos indivíduos, como a discriminação contra mulheres, negros e indígenas.
As desigualdades não podem ser tratadas como um mero problema individual, mas
sim como um complexo fenômeno social com profundas raízes históricas.
Estratificação social
Para descrever as desigualdades existentes entre
indivíduos e grupos nas sociedades humanas, os cientistas sociais se utilizam
do conceito de estratificação social, que se refere a como os membros
de uma sociedade se encontram divididos em “camadas” (ou estratos). É a
estratificação social que vai determinar o acesso a direitos e recursos,
benefícios e recompensas, bem como o modo que se dá a mobilidade de um estrato
para o outro. É importante destacar a característica social da estratificação,
para que não confundamos as desigualdades sociais com as desigualdades
naturais. Os seres humanos são muito diferentes entre si em relação às suas
características físicas, tais como sexo, altura, peso, saúde, cor do cabelo,
pele, olhos, etc. Entretanto, as diferenças naturais entre os indivíduos não
são suficientes para explicar as desigualdades sociais, muito embora possam
influenciá-las. Os mecanismos que reproduzem as desigualdades sociais foram
criados pela ação humana e variam de sociedade para sociedade, de acordo com os
valores culturalmente dominantes e critérios estabelecidos historicamente.
Concluímos, portanto, que a estratificação social
de uma sociedade não é natural e as desigualdades institucionalizadas não são
inevitáveis. São, antes de qualquer coisa, produtos de escolhas políticas que
refletem a desigual distribuição de poder nas sociedades.
Bibliografia:
OXFAM
BRASIL. A distância que nos une: um retrato das desigualdades brasileiras.
Relatório publicado em 25 de setembro de 2017.
Responda as questões:
1- Como e a desigualdade social no
Brasil?
2- Fora a desigualdade econômica,
quais outras formas de desigualdade social?
3- Responda com suas próprias
palavras qual tipo de desigualdade social mais comum na cidade de São Paulo?
4- O que é estratificação social?
5- Dê alguns exemplos de
desigualdade social existente em seu Bairro?
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