Olá pessoal, espero que estejam bem!
Atividade
- Utilizaremos o mesmo texto que
vocês já resumiram; Primeira República, para responder algumas questões.
- Colocarei o texto abaixo
- Questões e respostas deverão
ser feitas manuscritas no caderno com letra legível.
- No final da atividade colocar
nome completo
- Fazer uma fotografia nítida
- Enviar para
ruedlinger@prof.educacao.sp.gov.br
- No título do e-mail colocar 9A
nome e sobrenome Questões Primeira República
- Prazo: 22/03
Questões:
1- Como a Primeira República pode
ser dividida? Por Que?
2- O que foi a república do café
com leite?
3- O que foi a política dos
estados?
4- Cite 4 revoltas da Primeira
República:
5- O que pôs fim à Primeira
República?
Vocês também devem acompanhar o
centro de mídias, assistindo as aulas de história e fazendo as atividades da
semana.
Um ótimo trabalho a todos!
Primeira República
(Ana Carolina Machado de Souza)
Foi conhecido como Primeira
República, ou República Velha, o período de 1889 (Proclamação) até a Revolução
de 1930, sendo o último presidente Washington Luís. Em 15 de novembro de 1889
foi decretado o fim do Império e o início de uma nova forma de governo, a
república. Comumente, pode-se dividir esta época entre duas: a República da
Espada (1889-1894) e a República Oligárquica (1895-1930).
A denominação do primeiro período
ocorreu devido à predominância dos militares no poder, justificada,
principalmente, pelo medo dos republicanos de uma provável volta da monarquia,
sendo o primeiro presidente o Marechal Deodoro da Fonseca. Em 1891 foi
promulgada a primeira Constituição Republicana do Brasil, após a reunião de uma
Assembleia Constituinte, convocada por uma junta militar, e foi amplamente
inspirada na Constituição dos Estados Unidos. Mas foi somente em 1893 que o
povo brasileiro pôde escolher, dentro do mote republicano, qual tipo de governo
para o país: presidencialista ou parlamentarista. A vitória foi do
presidencialismo, que legitimou o golpe ministrado pelos republicanos 4 anos
antes.
Durante esse primeiro período os
militares sofreram grandes dificuldades para a manutenção do seu regime devido
a vários focos de revolta no país, reivindicando a volta da monarquia. Por
conta desses episódios, e após o fechamento do Congresso, Mal. Deodoro da
Fonseca, renunciou ao mandato em novembro de 1891. Assumiu outro marechal,
Floriano Peixoto, taxado como “Mãos de Ferro”, por governar de maneira mais
centralizada, e por ter conseguido controlar uma nova revolta armada em 1893,
utilizando todo o poder bélico que dispunha.
Após a saída de Floriano nenhum outro militar subiu ao poder até o final
da Republica Velha.
A partir de 1895 a denominação
mudou de República da Espada para República Oligárquica, que recebeu esse nome
devido à dominação do cenário político pelas oligarquias rurais, principalmente
as de São Paulo, Minas Gerais e Rio Grande do Sul. Essa influência maior na
política de paulistas e mineiros foi chamada de Política do Café-com-leite. Esta
consistiu, basicamente, num trato velado entre os dois estados para a
alternância de presidentes entre eles, ou seja, um mandato seria mineiro, outro
paulista, permanecendo o poder nas mãos da oligarquia.
A preocupação em manter o poder
entre seus iguais foi expressa pelo então presidente Campos Salles e em 1902
ele indicou um paulista como candidato, Prudente de Morais, iniciando essa
política de alternância. A participação
ativa dos gaúchos ocorreu até 1916, quando o senador Pinheiro Machado foi
assassinado. Após essa data somente com Getúlio Vargas, em 1930, que o RS
voltou com maior força no cenário político brasileiro.
No governo de Salles foi
promulgada a Política dos Estados, ou Política dos Governadores, na qual o
poder estadual era forte e haveria pouca intervenção do governo federal nos
estados. O presidente alegava uma mudança de direção política em relação ao
Império, pois neste o poder era basicamente centralizado nas mãos do imperador.
Na república de presidentes civis, os estados teriam autonomia, assim como os
municípios, para legislar internamente sem interferência mais ativa do
presidente. Um fato que demonstrava o poder dos governadores estaduais é que
não existiam partidos políticos em âmbito federal e o país era governado entre
os partidos criados dentro dos próprios estados. Os principais foram PRP
(Partido Republicano Paulista), PRM (Partido Republicano Mineiro) e PRR
(Partido Republicano Rio-grandense).
Apesar da Política do Café-com-leite
ter durado vários anos, ela não foi unânime em todos os momentos, e algumas
divisões ocorreram. A mais conhecida foi a nomeação de um candidato da Paraíba,
Epitácio Pessoa, em 1919, no lugar de Rodrigues Alves, após sua morte. Em 1922,
o mineiro Arthur Bernardes o substituiu, mas ele não possuía total apoio de
Minas Gerais e São Paulo, ocasionando as revoltas tenentistas, o que o obrigou
a governar em estado de sítio.
O próximo na sucessão, Washington
Luís, paulista, também sofreu com revoltas e problemas políticos, agravados com
a crise de 1929. No período de eleições, segundo a política do café-com-leite,
caberia à Minas Gerais indicar um candidato. Porém o presidente em vigência se
adiantou e o seu partido (PRP) lançou a candidatura de Júlio Prestes,
governador de São Paulo. Houve o rompimento do acordo entre SP e MG, e os
mineiros, com apoio de RS e PB lançaram a candidatura de Getúlio Vargas. A
chapa de Prestes venceu as eleições, mas a oposição, inconformada, provocou a
Revolução de 1930, e pôs fim à chamada República Velha.
Devido ao fato da Constituição de
1891, ainda vigente no país, ser de caráter descentralizado, e a Política dos
Estados ter grande adesão, esse período da história brasileira foi conhecido,
também, pela dominação dos coronéis, fenômeno conhecido por Coronelismo. O
poder dos coronéis e a sua autonomia nos municípios muitas vezes suplantavam ao
próprio governador e presidente. Daí o senso comum de que o Brasil foi
governado por coronéis, que legislavam a seu bel-prazer.
Durante a república Velha,
diversas revoltas organizadas por civis ocorreram. De caráter mais regional ou
nacional, muitas eram em defesa do retorno da monarquia, outras em defesa da
república, mas que o poder não se limitasse à oligarquia. As principais foram a
Guerra de Canudos (1896-1987), Revolta da Vacina (1904), Guerra do Contestado
(1912-1916), Revolta da Chibata (1910), entre outros, e finalmente, a Revolução
de 1930, que acabou com a Política do Café-com-leite. Também foi nesse período
em que tivemos as primeiras greves operárias, em 1907 e 1917, o que mostra uma
organização dos trabalhadores, um comportamento novo na história brasileira.
No âmbito cultural houve a
Primeira Semana de Arte Moderna Brasileira, em fevereiro de 1922, organizada em
São Paulo, com a participação de artistas lendários da cena cultural do país
como Mario de Andrade, Oswald de Andrade, Menotti Del Picchia, Anitta Malfatti,
Tarsila do Amaral, entre outros. Esse
movimento marcou a proposta de retomar as raízes brasileiras, buscar no nosso
passado e presente as fontes de inspiração para as artes, e não absorver
totalmente, sem discernimento, as influências europeias e norte-americanas.
Todo o domínio da oligarquia
cafeeira do sudeste foi contestado após a eleição de 1930, quando o candidato
Julio Prestes, paulista indicado pelo então presidente, também paulista,
Washington Luís, venceu o gaúcho Getúlio Vargas. A oposição derrotada não
aceitou o desfecho eleitoral e deu início à Revolução de 1930, em outubro deste
mesmo ano. No final daquele mês foi realizado um golpe militar, que depôs o
presidente e, após a formação de uma Junta Militar, indicaram Getúlio Vargas
como governante provisório, até o restabelecimento da ordem.
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